A lei do mundo é o movimento, a lei do centro é a quietude. Viver no mundo é movimento, atividade, dança. Nossa vida é um dançar constante ao redor do centro, um incessante circundar o Uno invisível ao qual nós - tal como o círculo - devemos nossa existência. Vivemos do ponto central - ainda que não o possamos perceber - e temos saudades dele. Fazemos tudo o que fazemos porque estamos à procura do centro, do nosso centro, do centro.
Por trás de toda ação há o desejo de mudança, e nisso se revela a nossa insatisfação com uma determinada situação. Enquanto estiver no mundo, o homem sempre vai agir e modificar, pois não pode haver no mundo uma satisfação permanente. Só quando atingimos o centro, quando pisamos no ponto, é que nos redimimos e nos livramos da insatisfação. Precisamos aprender a traçar nossos círculos, a fazer com que eles se tornem cada vez menores até que toda a nossa vida gire em torno DELE, do ponto.
O girar contínuo ao redor do nosso centro é o modelo arquetípico da nossa vida e é o modelo fundamental da dança. A mandala é a dança ao redor do centro. É a descoberta do Todo dentro da parte e da parte dentro do Todo. O próprio Universo é uma mandala composta de incontáveis mandalas das mais diversas dimensões.
(Mandalas - Rudiger Dahlke)
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